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Pé chato: o que é, como identificar e quando tratar
Pé Chato ou Pé Plano

Pé chato: o que é, como identificar e quando tratar

Equipe Tenys Pé
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O pé plano, popularmente conhecido como pé chato, é uma condição caracterizada pela ausência ou redução do arco natural do pé, o que faz com que toda a planta toque o chão ao caminhar ou ficar de pé. Embora comum, essa característica anatômica pode trazer implicações para a mobilidade e a qualidade de vida.

Segundo o fisioterapeuta Gustavo Mondoni, especialista em osteopatia, e sócio da Evolve Saúde e Desenvolvimento, essa condição nem sempre representa um problema que exija intervenção. “O ideal é avaliar caso a caso, pois muitos indivíduos convivem com o pé plano sem qualquer limitação significativa no dia a dia”, explica.

Principais características

O arco do pé desempenha um papel crucial na absorção de impacto e na distribuição do peso corporal durante o movimento. Quando o arco do pé está ausente, como no pé chato, o alinhamento do corpo pode ser comprometido, gerando os seguintes sintomas e impactos:

  • Dor nos pés, tornozelos ou pernas, especialmente após períodos prolongados de atividade;
  • Cansaço ao caminhar ou permanecer em pé por longos períodos;
  • Instabilidade em tornozelos, joelhos e até quadris, afetando a postura e a biomecânica corporal.

“Essas alterações podem surgir devido à dificuldade do pé plano em oferecer suporte adequado ao corpo. Isso exige maior esforço muscular e articular para manter o equilíbrio”, esclarece Mondoni.

Como identificar o pé plano

O diagnóstico do pé plano pode começar com uma observação simples: perceber se toda a sola do pé encosta no chão ao ficar em pé ou caminhar. Além disso, outros sinais podem indicar a necessidade de avaliação profissional, como dores frequentes nos pés ou instabilidade ao realizar atividades cotidianas.

Nesse sentido, Gustavo Mondoni reforça que, se houver desequilíbrio ou incômodos associados, é importante procurar um ortopedista ou fisioterapeuta para uma análise detalhada.

Embora o pé plano não exija tratamento em todos os casos, há situações em que a intervenção se torna necessária, especialmente quando a condição afeta a qualidade de vida ou provoca dores e desequilíbrios frequentes.

O especialista destaca que, em muitos casos, o fortalecimento muscular e o treino de estabilidade são suficientes para manter o quadro sob controle. “Um plano individualizado de exercícios pode melhorar a funcionalidade e prevenir complicações”, acrescenta.

Entretanto, em casos mais graves, com instabilidade significativa nas articulações do tornozelo, joelho ou quadril, ou quando o pé plano é responsável por outras alterações, como deformidades progressivas, o acompanhamento fisioterapêutico e médico é essencial.

Já em situações extremas, podem ser necessárias abordagens mais específicas, incluindo o uso de órteses ou até mesmo procedimentos cirúrgicos.

Cuidados e prevenção

Mesmo sem sintomas evidentes, manter cuidados básicos com os pés e a postura é fundamental para evitar complicações futuras. Algumas recomendações incluem:

  • Investir em calçados adequados, que ofereçam suporte ao arco plantar;
  • Realizar exercícios regulares de fortalecimento e alongamento para os músculos dos pés e tornozelos;
  • Procurar orientação profissional ao primeiro sinal de dor ou desconforto persistente.

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