Calo e Calosidade
Calos e calosidades: saiba as diferenças e como prevenir
Nomes parecidos, mas condições distintas: enquanto os calos são formações superficiais e não costumam doer, enquanto as calosidades são mais profundas, focais e, consequentemente, dolorosas. Saber diferenciá-los é importante para buscar o tratamento correto e evitar complicações. Da mesma forma, entender o que difere entre eles é necessário para preveni-los adequadamente.
De acordo com a podóloga Renata Rodrigues, capacitada em pés diabéticos pelo Ibrap Educação, o local e tipo de formação também são características que diferenciam um e outro.
“Os calos têm um núcleo duro, comum nas laterais dos dedos. Já as calosidades se formam em áreas de maior pressão, como solas e calcanhares”, complementa a também podóloga Leila Dutra, especialista em micose e cuidados com pés geriátricos e diabéticos.
Como surgem os calos e calosidades
Vários fatores do cotidiano favorecem o desenvolvimento desses tipos de formação, como:
Usar calçados inadequados. Aqueles sapatos apertados, com bico fino ou feitos de materiais rígidos, aumentam o atrito e a pressão nos pés – dois fatores causadores das condições.
Ter deformidades nos pés. Problemas como hálux valgo, pé cavo ou metatarsalgia favorecem a formação de calosidades em áreas específicas.
Pressionar áreas ósseas. O contato constante entre os ossos do pé e o calçado aumentam a propensão de surgirem calos por ali.
Estar com sobrepeso ou obesidade. Quando significativo, o peso extra sobrecarrega pontos de apoio e leva à formação de calosidades espessas.
Como prevenir os calos e calosidades
Apesar do incômodo e das dores causadas pelos calos e calosidades, a boa notícia é que é possível evitá-los com algumas mudanças de hábitos. A podóloga Renata Rodrigues recomenda usar calçados de boa qualidade e com formatos anatômicos, além de meias sem costura e adotar um capricho extra na hidratação dos pés.
A podóloga Leila Dutra, por sua vez, observa que o uso de palmilhas personalizadas é uma saída para prevenir o surgimento de novas formações, sobretudo para quem sofre com deformidades.
Quando é hora de consultar um podólogo
A recomendação é buscar um profissional capacitado ao notar qualquer aumento de pele, dor ou desconforto ao caminhar, assim como perceber mudanças na aparência dos pés. “Calosidades que não são tratadas ficam mais espessas e doloridas, podendo até causar fissuras na pele, o que aumenta o risco de infecção”, destaca Renata Rodrigues.
Leila Dutra acrescenta que consultas regulares são sempre bem-vindas, uma vez que ajudam a identificar quaisquer problemas com antecedência e, com isso, iniciar o tratamento ao primeiro sinal. A periodicidade das visitas também permite que medidas preventivas sejam feitas com regularidade e, assim, evitar os calos, as calosidades e outras questões.
Tratamentos para calos e calosidades
Quando a presença deles já não é impercebível ou houve um diagnóstico, existem três formas de tratá-los:
Fazer podoprofilaxia. Passar por sessões a cada 20 dias é eficaz para remover as camadas endurecidas da pele e aliviar o desconforto.
Usar emolientes e desbaste. Para calosidades mais espessas, o uso de emolientes e desbaste (redução da espessamento), desde que controlado, é eficaz, rápido, indolor e traz alívio imediato.
Aderir à argiloterapia com óleos essenciais. A técnica é hidratante e capaz de cicatrizar áreas mais ressecadas para evitar rachaduras dolorosas.
Algumas dicas caseiras funcionam. A podóloga Leila diz que “evitar atritos repetidos, usar calçados com espaços adequados e hidratar os pés diariamente com cremes específicos” é bem efetivo. Contudo, a avaliação profissional continua sendo importante, principalmente quando o desconforto é persistente.
“Manter visitas regulares a um podólogo é um investimento na saúde e conforto para os pés, prevenindo o agravamento de calos e calosidades ao longo do tempo”, finaliza Renata.